domingo, 30 de novembro de 2008

24 de Novembro II

Ele há coisas absolutamente incríveis, que de tão estúpidas só me dão é vontade de rir. Na tentativa de não partir tudo à minha frente, é claro.

Então não é que mal entro no gabinete 27 ou enfermaria ou lá o raio que o parta, apressada, histérica, deparo-me logo com outro individuo? E dizem vocês é natural Áurea, numa enfermaria estão sempre 7 ou 8 doentes. Pois é natural, mas não me parece nada normal que tenham posto exactamente na cama ao lado da do Orlando quem o tentou matar. Infelizmente a palavra é injusta e cruel, mas foi isso mesmo que ele quis fazer tendo-se mesmo gabado de o ter feito . Azarito amigo, temos um anjo protector lá em cima. Cabe na cabeça de alguém terem-los posto lado a lado? Não havia camas? Trocavam doentes, mudavam-nos de piso, de hospital, o que fosse..Agora lado a lado..

Não obstante, esperamos das 14 às 19horas por uma ambulância que tinha ido levar um doente a Sta. Marta. Eu imagino se tivesse ido a V.F.Xira, se calhar ainda la estávamos. Aos médicos que o trouxeram na ambulância tive a preocupação de perguntar se conheciam o caminho até ao hospital, claro - responderam-me prontamente. Assim sendo eu e o meu sogro viemos um pouquinho adiantados, uns cem metros, se tanto. Ora bem, eles tanto não sabiam o caminho que chegaram 35 minutos depois de nós e ainda teve que ser o pobre do Orl a levantar-se da maca e a explicar o caminho até ao Pedro Hispano.

Chegados ao Pedro Hispano constataram que do hospital A-Sintra se esqueceram de enviar o CD-ROM com todos os exames feitos. Muito importante - dizia-me o cirurgião lá em baixo. Pois, notou-se. Lá foi ele repetir tudo e mais alguma coisa. Não tinha cama para ele, pois segundo eles o A-S não o tinha reservado. Se atendessem o telefone talvez o tivessem feito. Pois então trata de dormir no corredorzinho. Um cobertor? Não acham que estão a pedir muito?

No dia seguinte ninguém que conseguia dizer quando seria realizada a operação para extracção da bala, mas bastou um telefonema recebido para ser feita de imediata. Ainda dizem que pressões não dão resultado.

E dão. Mas infelizmente para os dois lados. O Orlando foi operado as 19horas, estive com ele as 22horas (ainda estava sob efeito da anestesia geral), e eram 9h da manhã estavam-me a ligar para o ir buscar pois tinha tido alta. Tonezinha como sou pensei que o médico que o viu de manhã lhe tivesse falado sobre a operação,consequências e essas tretas todas do pós-operatório. Qual quê? Trouxe-o para casa, sem sabermos sequer quando teria que ir trocar o penso. Enfim, muita pressa para o despachar, não fosse todo o zum zum continuar.

De ressalvar a simpatia dos médicos ( sem ironias, o meu sincero obrigado)e a extrema eficiência
de cobrança do Hospital Amadora-Sintra que na quarta-feira já tinha enviado a conta cá para casa. Não fosse ficar esquecida como o CD-ROM.

sábado, 29 de novembro de 2008

24 de Novembro

O O. tinha ido para Lisboa, assim aproveitei a tarde domingo no escritório. Ao fim do dia, já em casa da Cláudia a lanchar, partilhei com ela e com o marido que não estava com bom pressentimento. Não sei..feelings.. Não se explica..
Estremunhada, estranhei os três toques apressados na campainha. Quando olhei para o relógio, 6 da manhã, ainda adormecida, senti logo que não seria boa noticia. Aos tropeções, eu e a minha mãe abrimos a porta. Na rua, envolto na escuridão surgiu o meu sogro. Despertei na hora e em segundos revivi o pior dia da minha vida, a ultima noticia que ele me havia dado, a morte de quem mais amo, o meu irmão, o meu anjo protector. Fora há tão pouco tempo que não queria acreditar que algo mais poderia vir. O meu coração diminuiu, diminuiu.Parou. Menina venha comigo a Lisboa - disse. Morreu? - gritei do alto. O alivio surgiu quando me disse que tinha sido apenas a anca e que já falara com ele. Mas eu precisei de o ouvir e só descansei quando falei com ele. O choro e o riso confundiram-se num misto de tristeza e alegria.
Bruno protegeste-o. O meu coração avisou-me de antemão.
E eu segui de imediato para a a capital.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Que mal fiz eu?

A ocasião pede um PUTA QUE PARIU A MINHA VIDA.

Agente da PSP baleado após tentativa de assalto a taxista na Amadora

Um polícia ficou hoje ferido numa troca de tiros com um indivíduo que tentou assaltar, sem sucesso, um taxista na Amadora.
Fonte da PSP avançou à Lusa que durante a troca de tiros o individuo que tentou assaltar um taxista, às 01h20, na praça de táxis da Amadora, também ficou ligeiramente ferido. "O taxista foi abordado por um homem que o tentou assaltar. Um outro taxista que viu a situação deu o alerta às autoridades que chegaram rapidamente ao local", explicou. Em comunicado, a PSP indica que ao chegarem ao local os agentes "foram recebidos a tiro tendo um deles sido atingido numa perna junto à virilha". A polícia respondeu aos disparos, tendo o suspeito sido "atingido numa perna e zona da bacia", acrescenta a mesma nota.O indivíduo, segundo a PSP de Lisboa, fugiu depois a pé para uma rua sem saída onde acabaria por ser detido. O polícia e o suspeito foram depois transportados para o hospital Amadora-Sintra, onde ficaram internados. Nenhum se encontra em perigo de vida.Na operação foi apreendida a arma utilizada pelo suspeito, cinco invólucros e uma munição, todos de calibre 7.65 mm.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Toque no coração

Porque existem mensagens que pela sua simplicidade nos tocam o coração. E esta em especial, trouxe-me lembranças que me enchem de orgulho. Pelo que foste, pelo que ainda és.
E o carinho que nutrem por Ti, chega-me à alma.


Provavelmente não te lembras de mim, ele devia-me chamar La Féria na altura, ele fazia questão de avisar as professoras nas primeiras aulas, eu dizia "chamo-me Miguel", ele levantava-se e dizia "ó stôra, não é nada, é La Féria!" :)

Tudo isto me fez lembrar muitas coisas que passamos juntos.. fazer os testes dele de TTI, de ele me pedir para ir com ele ao médico e ser uma vidente, emprestar o meu blusão da Levis pra ele sair com a Mónica para o Batô, de começarmos a comprar equipamento de musculação, ir a pé para o Solar e muita mais coisa.. enfim, custa-me a mim olhar para a foto, imagino a ti..

Estive com ele no Fonte Luz duas semanas antes, quando estive aí de férias, não falávamos á uns anos, mas na meia hora que conversamos quando eu lhe perguntei pela irmã, ele disse de imediato "está uma mulher" com um sorriso na cara e "o meu cunhado é um porreiraço"..

Quando éramos da mesma turma na Industrial, perdi o meu pai num acidente muito estúpido, tinha 18 e na altura ele ajudou-me a ultrapassar, ultrapassar não, atenuar a situação.. Já deves estar farta de conselhos , como eu estava, mas, mesmo assim, gostava de te dizer que somente o tempo te fará olhar para trás com um sorriso e quanto mais rápido tiveres esse sorriso, mais depressa fazes a tua vida.. Comigo foi assim.. acabei por chegar á conclusão que apenas nós que ficamos aqui é que sofremos, os que partem estão com um sorriso a olhar por nós.. :) ´

Manda beijinhos meus á tua mãe, acho que ela ainda se deve lembrar de mim.. :) Beijinhos, sê muito feliz!


Obrigado Miguel.


sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Não saber magoa, mas protege.
Mas nunca me permiti não saber. Obrigo-me a pelo menos deitar-me de consciência que fiz tudo em busca da verdade.
Saber magoa. O descobrir ainda mais. Mas é a único caminho capaz de me salvar da loucura eminente por desgosto tão grande.Tomar conhecimento e guardar num fundinho perdido do consciente, proteger, acima de tudo, quem mais amamos.
Os pesadelos intensificam-se e acompanhar-me-ão para sempre, mas aproxima-me de ti dirigir-me àquele sitio injusto, cruel onde estava destinado que partirias para sempre.
Sinto-te perto e sinto tanto a tua falta.
Serás o meu Príncipe, sempre.
E sei, claro que sei irmão..Olharás sempre por mim.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

É desgosto atrás de desgosto.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Parabéns ao nosso pai

Sabes Bruno hoje nem consigo encarar o nosso pai. Foste sempre o mais festivo nos aniversários, e hoje, no dia em que ele completa 55 anos noto-lhe nos olhos a vontade de desaparecer. A dor da tua partida torna-se insuportável e aumenta a cada dia que passa. Que raio de viagem é essa que nunca mais termina? Tento encontrar os meus sonhos mas eles partiram naquele dia contigo. Já nem o meu sono leve encontro mais. Ficaram os pesadelos e a dor perdida nas noites cada vezes mais longas. Tento não pensar, mas isso não se controla, e pergunto-me que sentiste. Quero acreditar que não sofreste, que partiste no imediato mas o meu coração....

Refugio-me naquela que fizeram de tua última mensagem e embora saibamos que foi criada por um qualquer senhor da funerária, senti-mo-la verdadeiramente como tua. Porque há a certeza que assinarias por baixo.



Não choreis a minha morte como aqueles que não têm esperança.

Eu deixo a Terra levando no coração os que nela mais amei e vou esperar no seio bendito e misericordioso de Deus, o feliz momento de uma reunião eterna.

Morro mas a minha alma não morre: amar-vos-ei, no Céu, como vos amei na Terra.

Só morre quem nunca viveu no coração de alguém.

A vida não acaba apenas se transforma.


Bruno Fonseca
30-09-1980
26-09-2008
Parabéns meu querido Pai.
Dos teus filhos, que te amam muito..

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Coração cheio

Regressei ao Porto com a certeza que trazia no coração a verdadeira amizade.
Não me enganei.

Cada gesto, cada carinho, cada frase dita em silêncio confortou-me a alma. Mesmo longe, estiveram presentes em todos momentos, a cada segundo e têm sido um enorme ombro.

Para vocês meus queridos amigos tenho 1000 palavras.. E apenas uma, porque há coisas que não se descrevem.

Um enorme obrigado,














Faltam nestas fotos as queridas Marlene e Andrea , BB's, Cátia e Rita.

Prometida para breve uma visita.